Por que energia no Brasil é uma das mais caras do mundo?
Pagar energia no Brasil não é uma matemática tão simples. Afinal, não pagamos apenas pelos custos da própria eletricidade, mas também arcamos com outras despesas – o que nos coloca no ranking das contas mais caras do mundo. Quer entender por que pagamos tão caro? São, pelo menos, quatro motivos:
1. A energia no Brasil é cara por causa dos impostos
30% do valor total da conta mensal de energia é composta pelos impostos e tributos. Quem leva a maior fatia nessa matemática é o ICMS – o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços –, que é cobrado pelos estados. Então, eis a questão: mesmo que a conta de energia suba ou diminua, a alíquota cobrada pelo estado permanece sem alteração.
2. A energia no Brasil é cara por causa dos subsídios
Cerca de 20% da tarifa de energia no Brasil é destinada ao pagamento de subsídios concedidos aos estados mais pobres, e, ainda, às famílias carentes. Certamente, não há como questionar a importância dessa contribuição social aos mais necessitados, mas muitos especialistas acreditam que esse valor poderia ser pago de outras formas, e não embutidos nas contas de energia.
3. A energia no Brasil é cara por causa da cobrança de outorgas em licitações
Outra razão pela qual a energia no Brasil é cara se explica por conta do processo de licitação do país. Sempre que há uma licitação para a exploração de uma usina ou linha de transmissão, todas as empresas que vencem essa licitação devem pagar uma taxa de outorga. E esse valor é utilizado para sanear os cofres público, que, posteriormente, acaba embutindo esse valor nas tarifas de energia acrescidos dos juros bancários. Ou seja, acabamos pagando mais um imposto disfarçado.
4. A energia no Brasil é cara por causa da burocracia
Por fim, o custo da energia no Brasil é um dos mais caros do mundo por conta da nossa tradicional burocracia – mais precisamente da demora de liberação para a construção de novas hidrelétricas, que compõem a maior parte da nossa matriz elétrica. As licenças ambientais que permitem a construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) ou de grandes usinas podem demorar até 10 anos para ser liberadas, o que acaba atrasando a criação de novos reservatórios. E em períodos de seca, as termelétricas acabam sendo acionados, elevando ainda mais o custo da energia por conta das bandeiras tarifárias.
Viu só? A energia no Brasil é realmente cara. Mas qual será a solução? Investir em energia solar. Fala com a gente!